CPI acompanha resgate de trabalhadores no Pará
Representantes da Comissão Parlamentar de
Inquérito (CPI) do Trabalho Escravo acompanharam nesta quarta-feira (22)
a operação de resgate do Ministério do Trabalho e da Polícia Federal no
interior do Pará.
Durante a diligência, foi confirmada a exploração de
trabalhadores na forma análoga ao escravo em uma propriedade na Vila
Capistrano de Abreu, a 170 Km do município de Marabá.
O presidente da CPI, deputado Cláudio Puty (PT-PA),
relatou que viram oito pessoas, inclusive um idoso, que desde junho
trabalham sem receber, bebendo água fétida e comendo carne com moscas.
“Este caso é mais uma prova evidente de que esta triste realidade tem
que mudar no país”.
Segundo o Ministério Público do Trabalho (MPT), a
escravidão moderna ainda recruta 20 mil vítimas por ano em todo o
território nacional, sendo o Pará o líder do ranking.
Para Cláudio Puty, a apuração feita no Pará não
termina ali. “Temos a responsabilidade de contribuir para a erradicação
do trabalho escravo no Brasil. Este empregador autuado certamente será
convocado para depor na Câmara e explicar o que vimos”, afirmou Puty.
Segundo o deputado, a CPI vai propor medidas para avançar nas formas de fiscalização e normatizações do trabalho no país.
A Diligência
Depois de comprovado flagrante da prática criminosa na Vila Capistrano de Abreu, município de Marabá, os auditores do Ministério do Trabalho, que dirigiam a operação, determinaram o fim imediato da execução do trabalho na propriedade.
Depois de comprovado flagrante da prática criminosa na Vila Capistrano de Abreu, município de Marabá, os auditores do Ministério do Trabalho, que dirigiam a operação, determinaram o fim imediato da execução do trabalho na propriedade.
A precariedade das condições sanitárias,
insalubridade nos dormitórios, falta de segurança e de equipamentos de
trabalho e, principalmente, as irregularidades trabalhistas como a não
remuneração regular foram as evidências que levaram o empregador autuado
se responsabilizar pelas infrações trabalhistas, danos morais e
desrespeito à dignidade e direitos humanos.
Além do deputado Cláudio Puty, acompanharam a
operação de resgate do Ministério do Trabalho os deputados Walter
Feldman (PSDB-SP), relator; Giovanni Queiroz (PDT-PA) e Ivan Valente
(Psol-SP).
Fonte: Sonda Brasil Postador: Manancial de Carajás
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