domingo, 24 de junho de 2012

Reunião em Brasília deve discutir conflito na Fazenda Cedro, no Pará
Batalhão de Choque da Polícia Militar está no local para garantir segurança. Ouvidoria Agrária Nacional não conseguiu acordo entre os envolvidos.


Do G1 PA


Será na próxima semana, em Brasília, a nova reunião entre o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e representantes do Grupo Santa Bárbara, donos da Fazenda Cedro, emMarabá, sudeste do Pará, para resolver conflito na região. No último dia 21 de junho, um confronto entre integrantes do MST e seguranças da Fazenda, deixou 12 pessoas feridas.

O ouvidor agrário nacional, Desembargador Gercino da Silva Filho, esteve em Marabá, nesta sexta-feira (22) reunindo com todos os envolvidos e visitou o local onde os trabalhadores do MST estão acampados. Apesar das discurssões, o MST diz que não sairá do local. Pelo menos 600 pessoas estão acampadas na Fazenda.
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No início da manhã desta sexta (22), trabalhadores que faziam um protesto se aproximaram de casas de funcionários da fazenda, o que causou tensão entre os envolvidos. Alguns integrantes do MST estavam armados com facões. Para evitar novos confrontos no local, homens do batalhão de choque da Polícia Militar estão na Fazenda. A polícia Civil instaurou inquérito sobre o caso.

Ainda durante a manhã, o ouvidor agrário se reuniu com o representates do Grupo Santa Bárbara e da empresa de escolta armada que atua na Fazenda Santa Bárbara e, logo depois, com representantes do MST. O Objetivo era marcar uma fiscalização do INCRA em cinco fazendas do grupo, atualmente ocupadas pelo movimento.

Mas não houve acordo. "O que impediu o acordo foi o MST, que precisa do apoio do órgão nacional e federal. Para isso, decidiu-se que o melhor caminho é levar isso para ser discutido diretamente pelo presidente do INCRA, em Brasília", explicou Gersino Silva.

A advogada do Grupo Santa Bárbara, Brena Santins, considerou as reuniões insatisfatórias. "Esperávamos uma atuação mais severa por parte da ouvidoria agrária e do INCRA, em relação ao que aconteceu na fazenda e não estamos satisfeitos porque o MST deixou claro que não vai recuar. Agora esperamos que a Justiça tome um posicionamento, considerando que a ouvidoria não conseguiu o acordo".

Pela tarde, a comitiva do Incra conversou com os manifestantes na Fazenda. Mas líderes do movimento dizem que pretendem se manter no local para garantir a continuidade das negociações. "Vamos permanecer aqui na tentativa de nos manter sobrevivendo na resistência para continuar as negociações", contou Mercedes Queiroz, coordenadoria do MST.


Postador:  Manancial de Carajás

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