quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Cheia no Xingu não está relacionada às obras de Belo Monte


Foto: Felype Adms.

Sobre informações relacionadas à cheia do Rio Xingu deste ano e consequente remoção de famílias dos igarapés de Altamira (PA), a Norte Energia S.A., empresa responsável pela construção, operação e manutenção da Usina Hidrelétrica Belo Monte, esclarece que a elevação do nível das águas à cota 97 e acima desta, verificada nos últimos dias, não tem qualquer relação com o início das obras no leito do rio. A região do Sítio Pimental é composta por três braços de rio, sendo que o mais profundo e de maior vazão, na margem direita, permanece intacto e é por ele que escoam as águas do Xingu.

O acesso construído em janeiro de 2012, na margem esquerda do Xingu, mede apenas 500 metros ou cerca de 7% da extensão total do barramento que só será construído quando houver garantia de escoamento da água excedente, por meio de um vertedouro. Esta estrutura será construída para liberar, na Volta Grande do Xingu, a água não utilizada para geração de energia. O vertedouro de Belo Monte terá capacidade de receber 62 mil metros cúbicos por segundo, o dobro da vazão máxima já registrada no Xingu, de 32 mil metros cúbicos por segundo, em mais de 30 anos de registros.

A partir destes mesmos registros é possível verificar que o nível do Rio Xingu na região de Altamira está dentro da normalidade. Nos período de chuvas mais intensas, entre dezembro e março, a cheia do rio chega a 98 metros. Na década de 80, o nível já atingiu 99,27 metros. Portanto, não há qualquer razão para concluir que a construção de Belo Monte já esteja influenciando o ciclo natural de cheias do Xingu.

População atingida

A Norte Energia também reforça que tem atuado dentro do prazo estipulado para a remoção de famílias que, todos os anos, enfrentam problemas com a elevação das águas do Xingu e precisam recorrer a abrigos públicos para se protegerem. Por compromisso com o processo de licenciamento ambiental de Belo Monte, a Norte Energia irá relocar as famílias dos igarapés Altamira, Ambé e Panelas, residentes em condições subumanas, vivendo em precárias palafitas levantadas às margens desses igarapés. Para maior segurança, as famílias que moram na área até a cota 100 serão beneficiadas com essa remoção, embora o projeto preveja que a usina chegará, no máximo, até a cota 97.

As negociações para definir o terreno onde as famílias serão assentadas já estão em andamento. A população interessada foi informada sobre estes procedimentos por meio de 35 reuniões realizadas pela Norte Energia nos igarapés, com a participação de 4.500 pessoas. Os terrenos destinados à relocação também serão tema de reuniões, para aprovação final dos moradores que optaram pela relocação.
 
Assessoria de Imprensa - Norte Energia S.A.

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