terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Janeiro terá dias com até 12h de chuva

População paraense deve se preparar para um período de muita chuva

Paraenses se preparam para período de muita chuva

Muita água ainda vai rolar nas próximas semanas de janeiro. É o que afirma José Raimundo Abreu, coordenador do 2º Distrito de Meteorologia do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) no Pará. Segundo ele, a nebulosidade matinal ficará ainda mais frequente em todo o Estado.
“Ainda estamos com nuvens rasas, que ocasionam precipitações fracas e de curta duração. Até o final do mês, contudo, elas devem se prolongar e alcançar até 12h consecutivas”, informa.

A previsão do instituto é de que o índice pluviométrico no Pará em janeiro ultrapasse 400 milímetros. Quase 20% acima da média para ao período. Com isso, a temperatura deve permanecer amena. “Haverá menos horas de sol e consequentemente os termômetros ficarão entre 28º e 32ºC”, afirma. E se ontem a manhã foi de chuva na Região Metropolitana, hoje a região atingida será o oeste do Estado. “As nuvens que estavam sobre Belém vão de dirigir para o oeste, ganhando ainda mais força. É possível que em áreas isoladas chova mais de 100 milímetros em dois dias (hoje e quarta-feira)”, conclui.

ROTINA ALTERADA: Diferente da maioria dos dias, quando o sol a coloca de pé às 6h30 da manhã, ontem Iraci dos Santos precisou de outros recursos para conseguir acordar. O céu escuro, clima ameno e a água que caía discretamente pela janela do quarto indicavam que as próximas horas confirmariam que o período de chuva já se instalou em Belém.

“Só saí porque tinha compromisso mesmo, porque a vontade era de ter continuado na cama”, admite a aposentada. Ao seu lado, dezenas de outras pessoas aparentavam a mesma situação. No centro comercial, onde usualmente os pedestres tomam parte da calçada disputando os ônibus, o espaço mais requisitado era a proteção coberta das lojas. “Eu fico aqui até enxergar o meu ônibus e aí saio correndo”, conta Iraci. 

E a sombrinha nas mãos? “Só uso se a chuva estiver forte, porque recolher o guarda-chuva molhado também é muito ruim. Fica pingando no nosso pé e demora a secar”, diz.
Já o passeador de cães Thomas Costa não podia se dar ao luxo de escolher quando usar o acessório. Com as duas mãos ocupadas, levando dois animais, ele enfrentava o vento frio da manhã. “Eles têm que passear seis vezes na semana, faça chuva ou faça sol”, explica. 

Já acostumado à rotina, ele conta que os cachorros não se incomodam com o clima e, para ele, o único trabalho a mais é ter de secá-los quando a voltinha acaba. “É preciso enxugar o pelo, um de cada vez, com a sua própria toalha. Parece uma função simples, mas dá trabalho conhecer o cão, ajustar seu comportamento. A Princesa (cadela com a qual ele passeia), por exemplo, não quis sair de casa nesse clima”, conta.

Venda de sombrinhas cresce nas esquinas: As sombrinhas ganham a cidade. Incômodas, frágeis, espaçosas, elas estão em toda parte, nos sinais, nas esquinas. Há de todos os tipos e tamanhos, pequenas, grandes, coloridas, transparentes, infantis e até automáticas, basta escolher. E com o grande número de vendedores aglomerados na Avenida Presidente Vargas, ontem era possível encontrar preços de até R$ 5.
“Não dá um saldo muito bom, mas a gente tem que fazer promoção, senão volta com tudo pra casa. Vou tentar lucrar pela quantidade”, explicou Janilton Bastos, que há 8 anos vende sombrinhas numa barraca na Avenida Manoel Barata.

Já no bairro de Nazaré, quem decidiu enfrentar a chuva conseguiu faturar uma quantia maior. Era o caso de Fernando Warcesten, uruguaio que há doze anos vive em Belém. Vendedor, ele escolhe os produtos de acordo com a demanda e todos os anos, de janeiro a abril, já se programa para disponibilizar sombrinhas variadas, que custam de R$ 7 a R$ 10. 

Com a concorrência cada vez maior, ele tenta explorar outras estratégias, como identificar o cliente e a melhor situação. “O ideal é estar no lugar certo, na hora certa, porque quando começa a chover, todo mundo olha pros lados procurando uma sombrinha. Além disso, já sei que as mulheres compram muito mais do que os homens, então fico atento”, diz.

EM NÚMEROS: 400 milímetros de chuva é a média de precipitação que deve ser ultrapassada em janeiro, 20% maior que a média do período. 28º é a média de temperatura em que devem ficar os termômetros, com clima ameno e até “friozinho” nos dias chuvosos. 

Fonte: Diário do Pará

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