Após morte, capital de Mato Grosso tem alerta para surto de meningite
Trinta e uma pessoas morreram vítimas da doença no ano passado em MT.
Em Cuiabá foi registrada uma morte provocada por meningite este ano.
A capital de Mato Grosso e uma cidade do interior correm risco de sofrer um surto de meningite, uma doença que pode até matar. A Secretaria de Estado de Saúde em Mato Grosso (SES) informou que está em alerta contra o surto em Cuiabá e também em Jaciara. Isso porque as cidades registraram casos da meningite bacteriana - a forma mais grave da doença – que é altamente contagiosa. Na capital, uma pessoa já morreu vítima da doença este ano.
Nos primeiros dias deste ano foram confirmados cinco casos de meningite bacteriana em Mato Grosso. Segundo a orientação do Ministério da Saúde (MS), bastam três registros localizados na mesma região para representar um risco de surto.
Além da capital e da cidade de Jacira, que registraram dois casos cada, foi identificado outro paciente no município de Alto Araguaia, a 426 km da região metropolitana.
Em todo o ano passado, 206 pessoas ficaram doentes em Mato Grosso por conta da meningite. Deste total, foram 25 casos de meningite meningocócica e 36 da bacteriana. Trinta e uma pessoas morreram em virtude de complicações da doença. Dessas mortes, nove foram provocados pelo tipo meningocócica e quatro da bacteriana.
Segundo médicos especialistas, as crianças são as mais vulneráreis à doença. Dor de cabeça e no corpo, e vômito são sintomas da meningite. Mas as crianças podem ser prevenidas com a vacinação. Já para os adultos, a dica é cuidar da própria higiene. Esta é a melhor forma para evitar a doença, pois o Sistema Único de Saúde (SUS) não disponibiliza a vacina para adultos.
A coordenadora de Vigilância Epidemiológica da SES/MT, Valéria Cristina da Silva, informou que embora as meningites se manifestem durante o ano inteiro, a ocorrência aumenta em período chuvoso. Atualmente, Mato Grosso vive o período chuvoso que deve durar até o final do mês de março. Segundo Valéria Cristina, a contaminação é maior porque as pessoas costumam ficar dentro de ambientes fechados.
Valéria Cristina reforçou ainda a atenção para as pessoas que moram sob o mesmo teto, dormem e estudam juntas com pessoas doentes com meningite e precisam ser protegidas com antibióticos específicos fornecidos pela Vigilância Epidemiológica municipal para combater o perigo de transmissão da doença.
Ericksen Vital/ Do G1 MT
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