Resultado do plebiscito sobre a divisão do
Pará pode sair hoje, diz presidente do TSE

Cinco milhões de eleitores vão às urnas opinar sobre a criação de Carajás e Tapajós

 

 

Eleitores paraenses vão às urnas durante plebiscito que pode

dividir Estado em três: Pará, Carajás e Tapajós

O resultado do plebiscito sobre a divisão do Pará em três para criar os Estados de Carajás e Tapajós pode sair ainda neste domingo (11), disse o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Ricardo Lewandowski, que acompanha a votação em Belém. 

Inicialmente, a expectativa do TRE-PA (Tribunal Regional Eleitoral do Pará) era de que o resultado só saísse na segunda-feira (12), devido à localização distante de grande parte dos colégios eleitorais de áreas rurais.

Lewandowski disse ainda, em rápida entrevista em um colégio eleitoral de Belém, que o plebiscito custou, ao todo, cerca de R$ 19 milhões – R$ 6 milhões a menos que o TSE esperava gastar.

O presidente do TSE também acompanhou a operação do Exército no Estado, que reforçou a votação em 16 cidades. De acordo com Lewandowski, até o início da tarde de hoje não havia registros de transtornos e a votação ocorria de forma “ordeira e pacífica”.

- O plebiscito é um momento histórico, e prova que a democracia brasileira está amadurecida e consolidada.

Votação

Quase cinco milhões de eleitores devem participar da votação, que vai até às 17h (horário local, ou 18h no horário de Brasília).

Todos os eleitores do Pará que tenham entre 18 e 70 anos são obrigados a votar, e quem não comparecer deverá justificar a ausência, como ocorre em processos eleitorais. A participação no plebiscito é opcional para eleitores com 16 ou 17 anos.

Quem não estiver em seu domicílio eleitoral no dia, mas estiver no Estado, pode justificar a ausência em qualquer local de votação. Já quem estiver fora do Pará terá até o dia 9 de fevereiro de 2012 para explicar a falta em qualquer cartório eleitoral do país.

Caso a maioria dos paraenses vote contra a divisão do Estado, o Congresso Nacional deverá arquivar o tema. Entretanto, se for aprovada a proposta de criar um dos Estados ou ambos, um novo projeto de lei terá de ser analisado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado. O processo pode levar anos.    Tarso Sarraf/Agência Estado