Sem esgotos, Pará tem o segundo pior saneamento do Brasil
O Atlas do Saneamento 2011, divulgado ontem pelo IBGE, informa que, dos 143 municípios paraenses, somente 6% têm rede de esgoto em ao menos um bairro. Nos outros 135 municípios, as alternativas são fossas sépticas e sumidouro, fossa rudimentar, fossa seca e vala a céu aberto. A situação só é pior no Piauí, onde 96% dos municípios não têm rede de esgoto.
O estudo foi feito entre 2000 e 2008. A Região Metropolitana de Belém está entre as áreas de mais alta densidade do país com o menor número de esgotos sanitários. Em Belém são 22.300 residências sem rede de esgoto, cerca de 42% dos domicílios. A região metropolitana de Manaus tem 46%, ou 29.768 casas sem o serviço.
É na região Norte a pior situação: apenas 13,3% das cidades têm rede de esgoto, em 3,5% dos domicílios. No Nordeste, a rede de esgoto é uma realidade para 45,6% dos municípios e, no Sudeste, para 95%. Já em todo o País, a rede de esgoto avançou, passando de 52,2% municípios contemplados em 2000 para 55,1% em 2008, equivalente a 45,8% das residências do País.
Quanto ao desperdício de água, nas cidades médias ou grandes, em mais da metade dos municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes a perda varia de 20% a 50% entre a captação e o consumo. Santarém e Castanhal aparecem ao lado das capitais Porto Velho (RO), Rio Branco (AC) e Boa Vista (RR), em desperdício.
Já entre as cidades com até 100 mil habitantes estão nessa condição Afuá, Alenquer, Breu Branco, Breves, Capitão Poço, Conceição do Araguaia, Curuçá, Dom Eliseu, Irituia, Itupiranga, Juruti, Marituba, Moju, Monte Alegre, Óbidos, Oriximiná, Portel, Salinópolis, Soure e Vigia. O Atlas mostra que 21% dos municípios do Pará racionam água. Em 30 deles o racionamento é constante e independe da época do ano, a maioria no Marajó e do nordeste do Estado, mas a lista inclui Parauapebas, Oriximiná e Barcarena. Em outras 26 cidades, o racionamento ocorre em períodos do ano e em 17 o regime é esporádico.
Fonte: O Liberal
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