sábado, 20 de agosto de 2011

20 de agosto de 2011

Rodovias do sul do Pará continuam sem fiscalização da Polícia Rodoviária 
Posto da Policia Rodoviaria Federal está pronto
Condutores de veículos que trafegam diariamente nas rodovias federais e estaduais que cortam o Sul do Pará denunciam que por ausência de fiscalização as estradas se tornaram um espaço livre para os contraventores, sejam os que fazem transporte de cargas clandestinas, desviando impostos ou aqueles que atuam na criminalidade pesada, como é o caso dos ladrões de banco, em cidades da região ou os assaltantes a mão armada nas estradas.
Segundo caminhoneiros, em mais de mil quilômetros de rodovia não existe nenhum posto das polícias rodoviária federal ou estadual, e nem balança para pesagem das carretas que passam pela região transportando cargas variadas.
Na rodovia federal BR-158, num trecho de cerca de 300 quilômetros entre Redenção e a divisa com o estado de Mato Grosso não existe nenhum tipo de fiscalização. Por outro lado, na BR-155, que liga Redenção à Marabá, os postos da Polícia Rodoviária Estadual que funcionavam próximos as cidades de Redenção e Xinguara foram desativados há mais de dois anos com o processo de federalização da rodovia, entretanto, devido a não conclusão do referido processo há uma certa apatia por parte de Governo do Estado e Federal, uma vez que ambos não querem se responsabilizar pelos serviços necessários para manutenção e segurança da estrada.
Os postos foram reformados, desocupados pela Polícia Estadual, mas até agora não foram assumidos pela Polícia Rodoviária Federal.
Na PA-279, que faz a ligação entre as cidades de Xinguara e São Félix do Xingu a situação é ainda pior. Com uma extensão em torno de 300 quilômetros, sendo 260 asfaltados e 40 quilômetros em fase de conclusão da pavimentação, a rodovia nunca contou com um posto da Polícia Rodoviária Estadual.
Já na PA-287, entre Redenção e Conceição do Araguaia, num trecho de cerca de 120 quilômetros existe apenas um posto de fiscalização da Polícia Rodoviária Estadual, na divisa entre Pará e Tocantins.
Segundo o caminhoneiro Moacir Costa da Silva, 53 anos, catarinense, 30 anos de experiência nas estradas brasileiras viajar no sul do Pará é sinônimo de risco dobrado. “Nesse trecho a insegurança triplicou. Para se ter uma idéia, a empresa não permite que a gente viaje a noite. Tem que parar e recomeçar no dia seguinte, para tentar evitar os assaltos”, diz ele, lembrando ainda dos riscos de acidentes, devido à enorme quantidade de buracos e a situação precária das pontes.
Moacir diz que o sul do Pará está abandonado. “Deveria haver mais atenção dos governantes no combate a criminalidade. Quando entramos no Tocantins já nos consideramos mais seguros devido à presença da polícia nas estradas” afirma.
De acordo com o motorista Silvio Cruz Abreu, que faz transporte alternativo de Redenção para Tucumã há cinco anos, com a falta de segurança nas rodovias ele já pensa em abandonar a profissão. Já fui assaltado três vezes, e, na última vez em maio deste ano, além do dinheiro, os assaltantes agrediram a mim e aos passageiros. “Se não tiver segurança terei que parar o trabalho”, afirma.
Assim como Moacir e Sílvio, James da Cruz, também caminhoneiro lamenta que a preocupação do governo se resuma ao período eleitoral. “Pode ter certeza que agora, na véspera do plebiscito, eles vão recomeçar as obras. Pena é que depois que isso passar vamos cair novamente no esquecimento”, pondera.
Segundo o comandante do 7º Batalhão da Polícia Militar, Major Lúcio, apesar das barreiras periódicas montadas pela Polícia Militar para a revista de veículos e pessoas, visando o desarmamento e o combate ao tráfico de drogas, a criminalidade aumenta a cada dia com a falta de postos definitivos de fiscalização. “Sem fiscalização e com várias rotas de fuga entre as cidades do sul do Pará, os bandidos agem com maior facilidade sem que a polícia possa impedir as ações criminosas”, afirma.
Recentemente a Setran – Secretaria de Estado de Transportes anunciou algumas obras para a região, entretanto, segundo a população e aqueles que trafegam pelas rodovias sul-paraenses, já passou da hora de obras de melhor qualidade, incluindo asfalto, acostamentos, sinalização e pontes com estruturas mais adequadas ao trânsito de veículos e ao volume de cargas pesadas. (João Lopes e Dinho Santos)

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