quarta-feira, 27 de maio de 2015

PARAUAPEBAS- MP FAZ BALANÇO

Ministério Público concede entrevista coletiva e faz balanço da operação “Filisteu” em Parauapebas

No final da tarde de ontem, terça-feira (26), foi realizada no Salão do Júri do Fórum de Parauapebas, uma entrevista coletiva que contou com a participação de membros do Ministério Público e outras várias autoridades que estão à frente da operação “Filisteu”.

De acordo com o coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Nilton Meneses, Parauapebas, há algum tempo vem sofrendo a chaga da corrupção, na Prefeitura e na Câmara Municipal. “Por conta disso foram instaurados dois procedimentos no âmbito do Ministério Público”, conta Nilton Meneses, detalhando que um dos procedimentos é sob o comando do Promotor Medrado em decorrência da prerrogativa do fórum privilegiado do prefeito; e o segundo instaurado na promotoria de combate à improbidade sob a presidência do promotor Hélio Rubens.

A ação teve a participação dos promotores de justiça Hélio Rubens, Paulo Morgado Junior, Franklin Jones, Eduardo Falessi, Milton Menezes, Harrison Bezerra, Arnaldo Célio de Azevedo, Raimundo Aires, Daniel Barros e Augusto Sarmento, além do procurador de justiça, Nelson Medrado.

Deflagrada na manhã de ontem, terça-feira, 26, a operação “Filisteu” foi feita para desmontar um esquema de fraudes em processos licitatórios e superfaturamento de terrenos desapropriados pela prefeitura de Parauapebas.

A iniciativa foi do Ministério Público do Estado do Pará que também investiga a emissão de notas fiscais frias e desvio de recursos públicos entre membros da Câmara de Parauapebas e o comércio na região.

Filisteu, nome sugestivo por causa da luta bíblica entre os filisteus e Sansão, que ocorreu logo pela manhã de terça-feira, quando o GAECO esteve na Câmara Municipal de Parauapebas onde arrombou as portas dos gabinetes de quatro vereadores: Josineto Feitosa (SDD), ex-presidente; José Arenes (PT), ex-vice presidente; Odilon Rocha Sanção (SDD), ex-primeiro secretário; e Devanir Martins (SDD), ex-segundo secretário; todos membros da mesa diretora do Biênio 2013 e 2014, de onde levaram CPU’s e documentos.

De acordo com as investigações, os processos irregulares na Câmara Municipal de Parauapebas estão ligados à contratos superfaturados de gêneros alimentícios, alugueis de camionetes e inclusive a um lava jato que prestava serviços pra Câmara e que era de propriedade de uma filha do vereador Odilon Rocha.

As casas dos respectivos vereadores foram revistadas por equipes do GAECO; três deles eram apenas para apreender documentos e apenas em desfavor de Odilon Rocha, que havia um mandado de prisão. Porém para a surpresa da polícia, na casa do vereador José Arenes e de Odilon foram encontradas armas, o que resultou na prisão de Arenes e no agravamento da situação de Odilon.

Na residência de Arenes foram encontradas quatro armas (espingarda calibre 44, revólver 38 e pistola 380), além de munições, o que motivou a prisão de Arenes que aguarda, preso, a arbitragem de fiança, já que por se tratar de calibre de uso restritos da Polícia a fiança só pode ser procedida pelo juiz da vara criminal.

Quem também está preso por mandado é o empresário Edmar Cavalcante, conhecido como “Boi de Ouro”, por causa de denúncias envolvendo lavagem de dinheiro através de emissões de notas que constavam um tipo de mercadoria enquanto na verdade era entregue outra.

A Polícia cumpriu ainda mandado de busca e apreensão na residência do prefeito Valmir Queiroz Mariano (PSD), onde apreendeu documentos. No mesmo momento outra equipe foi à Prefeitura de Parauapebas onde não permitia a entrada de pessoas em geral, mas apenas de funcionários. No prédio do Poder Executivo também foram apreendidos vários documentos.

Uma das 19 equipes cumpriu mandado na casa da Secretária Municipal de Habitação, Maquivalda Aguiar Barros, onde também apreendeu documentos.

De acordo com o procurador de justiça, Nelson Medrado, todo o material apreendido vai para investigação sigilosa e só depois se dará outro passo na operação que pode resultar na prisão ou afastamento dos envolvidos, inclusive do prefeito Valmir Mariano.

Reportagem e fotos: Francesco Costa – Da Redação do Portal Pebinha de Açúcar.

Postador: Manancial de Carajás

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